Consulta Pública – participa!
Está a decorrer até ao próximo dia 1 de Março de 2008 o período de consulta pública relativa a ensaios com milho geneticamente modificado tolerante a herbicida.
Há três anos que a indústria tenta realizar estes ensaios em Portugal e, por enquanto, sem sucesso. Desta vez as empresas resolveram brindar duas regiões do interior do nosso país com esta prenda (Ferreira do Alentejo e Monforte).
Para atingirmos a vitória neste quarto ano apelamos à participação de todos para que digam, alto e bom som e de uma vez por todas, que NÃO QUEREMOS OGM em Portugal!
Escrevam um mail para cpogm@apambiente.pt, ao cuidado do Sr. Director-Geral da Agência Portuguesa do Ambiente, e digam-lhe simplesmente que não concordam com estes testes, com o cultivo e consumo de OGM em geral, e que são inaceitáveis todos os riscos que a introdução irreversível de OGM acarreta para o ambiente e a saúde pública.
O edital da Agência do Ambiente está disponível aqui.
O parecer da Plataforma Transgénicos Fora pode ser descarregado aqui.
Exerçam a vossa cidadania. Não deixem de participar!
Ensaios com OGM
Não entendo como podem afirmar que os OGM fazem mal, não são necessários, contaminam o ambiente, matam animais …e por aí fora, se não consideram a possibilidade de os estudar.
Os estudos devem ser feitos para obtermos dados que nos permitam avaliar estes produtos e só assim podermos tomar decisões. Desde que feitos em condições de segurança, porque razão a Plataforma é contra? Têm receio dos resultados desses estudos?
João
Re: Ensaios com OGM
Caro João,
Agradecemos as suas questões. A sua confusão reside no seguinte: estes ensaios não pretendem estudar o risco envolvido no uso/cultivo de OGM. Não há nenhuma avaliação toxicológica, nenhuma análise ambiental. O objectivo destes ensaios é única e exclusivamente agronómico, ou seja, as empresas pretendem saber se estas variedades transgénicas se dão bem em Portugal, se produzem o suficiente para serem competitivas, etc. A Plataforma advoga o estudo do risco dos OGM realizado por entidades independentes e em ambiente confinado e apoia uma avaliação científica do impacto do consumo e cultivo. Os estudos da Pioneer e da Syngenta, infelizmente, não vão responder a nenhuma das perguntas que colocamos, apenas alargam a exposição (sobretudo ambiental) a plantas cuja segurança está longe de estar demonstrada. O parecer detalhado que a Plataforma emitiu a este respeito está disponível em https://www.stopogm.net/?q=node/291
milho transgênico
Prezados colegas,
Não pretendo expressar aqui minha opinião pessoal sobre os transgênicos.
Sou pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo no Brasil e venho avaliando hibridos transgênicos comparando-os com seus isogênicos não modificados.
Meu trabalho avalia apenas a parte agronômica e zootécnica, (infestação por pragas, produção, composição quimica, ensilagem, alimentação animal, digestibilidade, desempenho dos animais etc.), portanto, me limito a discorrer sobre estes resultados e de maneira imparcial.
O milho transgênico cultivado no Brasil foi modificado para resistir ao ataque da lagarta-do-cartucho e lagarta-da-espiga evitando a aplicação de defensivos.
Os resultados mostraram que os OGMs foram mais resistentes ao ataque das pragas. No entanto, a produção da lavoura convencional com apenas uma aplicação de inseticida foi similar a produção da lavoura transgênica.
A diferença entre os custos das sementes transgênicas é superior ao custo da aplicação do inseticida e portanto, do ponto de vista economico, neste caso, a utilização dos transgênicos não seria a melhor alternativa.
Além disso, isolando o efeito do gene Bacillus thuringiensis no milho observamos alteração em microrganimos ruminais e da silagem.
Estes efeitos jamais foram mencionados e serão divulgados em periódicos científicos em breve, e independente de serem vantajosos ou não do ponto de vista zootecnico, servem de alerta por se tratar de efeitos não previstos dos OGMs.
Estou a iniciar o pós-doc na Universidade de Évora em março e terei prazer e gostaria de ser convidado para compartilhar os resultados dessa pesquisa realizada no Brasil e debater com grupos interessados, mas adianto, minha postura será sem romantismo, baseada apenas nos resultados da pesquisa.
Atenciosamente,
Geraldo Balieiro Neto
geraldobalieiro@apta.sp.gov.br
Re: milho transgênico
Caro Geraldo,
Os seus resultados são muito interessantes e devem ser divulgados na literatura científica. Teremos todo o gosto em disponibilizar tais artigos no nosso Centro Documental, se no-los fizer chegar depois de publicados. Fazem falta estudos imparciais da tecnologia transgénica. Entretanto vale a pena referir que a comparação transgénico-convencional é um aspecto pequeno no global da discussão sobre a comercialização e cultivo de transgénicos. Porque não comparar a sustentabilidade transgénico-produção biológica? No longo prazo a nossa sociedade só pode sobreviver se for sustentável, incluindo na produção alimentar, pelo que não vale a pena investir nos caminhos errados. Além disso os aspectos do impacto na saúde, na fome, no livre acesso às sementes, etc, também têm de ser devidamente considerados previamente a qualquer decisão, e isso – pelo menos na União Europeia – não tem acontecido.
Cumprimentos,
Plataforma Transgénicos Fora
Segurança dos transgén
João
a manipulação genética de plantas não é recente. ela já é feita há muitos anos no estrangeiro e representa um monopólio privado sobre algo que não pode pertencer a ninguém em particular. com uma agravante.
quando se se semeia a vida já não mais se tem controle sobre ela, ela desenvolve-se por ela própria.
neste caso, ao semear as sementes privadas de alguém estamos a cultivar algo que não se estingue no fim da época da colheita mas fica no terreno (ficam sempre sementes residuais que não se conseguem recolher) e alastra-se sempre nas sementeiras posteriores. inclusivamente para os campos agricolas em redor do campo que estava em estudo.
como diz o ditado popular:
é facil espalhar as penas ao vento, mas depois delas voarem já nunca mais as vais conseguir apanhar a todas.
assim é com a vida!
uma vêz semeada não há maneira de a controlar.
se semeares plantas naturais, estas pertencem á humanidade, e estas a usar os recursos que a natureza te dá e dos quais podes sempre usufruir de uma forma responsável, com respeito pela natureza e pelo teu próximo.
ao semeares plantas genéticamente manipuladas e patenteadas estás a inserir no teu ecossistema natural algo que não é natural e que provoca uma mudança irreversível.
quento a testes, como já te disseram, não há testes ou dúvidas acerca das implicações da manipulação genética das plantas. Os estudos são apenas tretas isntitucionais daquelas que as grandes corporações já nos habituaram a esperar delas: são estudos de implementação, são manobras de ocupação, são campanhas para se aproximarem do seu objectivo comercial.
e uma vez lá dentro…
agora não te esqueças de uma coisa.
se fores amigo do ambiente e não gostares de andar de carro, podes sempre escolher ir a pé ou de bicicleta, ainda que isto não seja a opção comum da maioria das pessoas
se achares que a televisão empobrece a tua vida e que só te tira tempo para outras actividades, apesar de a maioria das pessoas verem, não és obrigado a ver.
com a natureza não é assim.
depois da alteração na natureza das plantas elas reproduzem-se e já não será possivel evitares ires contra a corrente ou seguires a tua liberdade de escolha, não a vais ter.
desculpa se estou a ser um pouco trágico, mas as implicações da manipulação genetica já são conhecidas e testadas, (pelo menos algumas) e posso-te dizer que… até agora jão são conhecidas implicações muito graves em relação á natureza pelo processo irreversível que estas representam e à liberdade humana do ponto de vista prático e mesmo do ponto de vista legal.
informate bem… e pensa muito…
Obrigado
Documentário muito exc
Para aqueles que apoiam, comem, semeiam ou estar a pensar fazer qualquer uma destas coisas com produtos transgénicos vejam este video que passou na televisão francesa.
O nosso mundo está a ser atacado por multinacionais sem escrupulos.
O preço dos alimentos já está a disparar e acreditem quando vos digo que se nada for feito será o fim do mundo como o conhecemos.
Seremos escravos de um mundo moribundo se não nos unirmos contra isto
https://video.google.com/videoplay?docid=-842180934463681887&hl=en