Da Rússia, os factos
CIENTISTAS RUSSOS APRESENTAM NOVOS DADOS SOBRE A INFLUÊNCIA PREJUDICIAL DOS OGM NA SAÚDE HUMANA
Agência Noticiosa Regnum
11 de Maio de 2007
«Os resultados das nossas pesquisas sobre a influência dos organismos geneticamente modificados (OGM) nos organismos vivos tornam duvidosa a sua inocuidade» disse hoje Alaxander Baranov, presidente da Associação Nacional para a Segurança Genética, numa conferência de imprensa no Centro REGNUM em Moscovo.
«Isto deve tornar-se motivo para uma reflexão séria nas instituições oficiais governamentais», disse ainda Baranov. Membros desta Associação apresentaram resultados da pesquisa conduzida na Universidade Agrícola de Vavilov (Saratov). A pesquisa registou desvios patológicos nos animais que comeram OGM.
A biotecnóloga Maria Konovalova, que conduziu pessoalmente os testes, disse que a soja transgénica neles utilizada produziu mutilações sérias nos órgãos internos dos ratos (fígado, rins e testículos) e na arquitectura celular e histológica. Além disso também influenciou o número de nascimentos por ninhada, alterou a taxa de mortalidade dos descendentes, e ainda resultou num aumento da agressividade e perda do instinto maternal.
Alexander Baranov acrescentou que tinha sido enviada uma carta aberta a Gennady Onishchenko, responsável máximo pela Inspecção Sanitária Russa, salientando a necessidade de uma moratória tanto à utilização dos OGM já autorizados na Rússia como à aprovação de novos OGM até que a sua influência no organismo humano esteja completamente estudada.
Baranov aponta que neste momento se atingiu uma situação terrível «Alimentamos as nossas crianças com alimentos cuja segurança ninguém pode garantir.» E ainda «Não andamos à procura de um culpado. Na nossa carta a Gennady Onishchenko propomos algumas medidas para uma rápida resolução do problema.»
Como anteriormente noticiado via Regnum, em Outubro de 2005 a investigadora russa Irina Ermakova tornou públicos os resultados de experiências onde se mostrava que a soja transgénica afecta a descendência.
Nas fotos (clicar nas imagens para ampliar): Ao fim de cinco meses, são visíveis as diferenças entre ratos que comeram soja transgénica (foto da esquerda) e os que comeram soja convencional (foto da direita).
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