Evolução do cultivo de milho transgénico em Portugal – I
Dezembro de 2010 – Agora que já foram divulgados os números oficiais relativos a 2010 sobre o cultivo de milho transgénico em Portugal, vale a pena olhar para as tendências e tentar perceber o que nos dizem. Note-se que todos os gráficos foram construídos com base nos números oficiais sobre transgénicos publicados pela Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura.
Vejamos o gráfico com a evolução da área cultivada ao longo dos anos desde que o milho transgénico MON 810 foi autorizado em Portugal:
Fica claro que, pela primeira vez desde 2005, a área cultivada com transgénicos foi mais pequena este ano do que no ano passado. Também pela primeira vez uma região “desapareceu do mapa”: em 2010 o Algarve deixou de ter cultivos transgénicos (entre 2007 e 2009, ao arrepio da vontade política da região, apenas a Herdade da Lameira, em Silves, tinha cultivado anualmente entre 40 e 50 hectares de milho transgénico).
O decréscimo referido também pode ser observado neste gráfico que mostra a percentagem de crescimento em cada ano relativamente ao ano anterior:
Finalmente vale a pena olhar para este outro gráfico, que mostra a proporção da área cultivada com milho transgénico relativamente à área total dedicada ao milho em Portugal:
[Os valores da área total dedicada ao milho em Portugal (milho grão e milho para silagem) empregues neste cálculo são os disponibilizados pela Associação Nacional e Produtores de Milho e Sorgo em www.anpromis.pt]
Note-se que a área total de milho em Portugal baixou 2.8% de 2009 para 2010, pelo que seria de esperar que o cultivo de transgénicos pudesse igualmente sofrer alguma contracção. Mas acontece que a área com transgénicos desceu muito mais: houve 6.4% de decréscimo de 2009 para 2010. Ou seja, o peso dos transgénicos no contexto da produção global reduziu-se de 3.8% para 3.7%, o que demonstra um aumento real de desinteresse e abandono dos transgénicos.
O que é que todos estes números efectivamente mostram? Que, ao contrário do que muitos nos querem fazer crer, o cultivo de milho transgénico está a enquistar em Portugal em zonas residuais relativamente ao cultivo de milho em geral. E se o Ministério da Agricultura, em vez de promover uma tecnologia patenteada cujo lucro reverte directamente para multinacionais estrangeiras, desse atenção e apoiasse o desenvolvimento de processos e boas práticas capazes de resolver de forma ecológica e sustentável o problema da broca do milho, a adesão ao milho transgénico perderia qualquer interesse para os produtores portugueses.
FORA COM OS PRODUTOS TRANSGÉNICOS.
Estou contente por ver que esta peste está a diminuir no nosso país.no entanto ficaria mais sossegada se não houvesse nada disto e que nem tivesse sido inventado.
Está nas nossas mãos ajudar a pôr fim aos transgénicos.
devemos procurar os produtos tradicionais e fazer pressão para que os alimentos dos animais sejam naturais pois so assim o que comemos é melhor.
a preça nunca foi boa concelheira e aqui podemos ver que cultivar mais não é sinónimo de melhor.tudo tem um tempo para se fazer quer nas plantas quer nos animais.
ABAIXO OS TRANSGÉNICOS!!!
FIM A ESTES PRODUTOS!!!!
PARA FORAE E BEM LONGE DO PLANETA COM ESTAS PESTES!!!