Acreditamos na Monsanto!

Acreditamos na Monsanto!

Bem, não é em tudo. Mas há um aspecto muito específico em que a Plataforma Transgénicos Fora do Prato e a Monsanto estão completamente de acordo. É a respeito do estudo MSL-18175 realizado por esta empresa com o milho transgénico MON 863 e tornado público em 2005. Este milho Bt (chama-se Bt porque produz uma determinada toxina que mata a praga chamada broca do milho), propriedade da própria Monsanto, foi dado a comer a ratos. Outros ratos foram alimentados com milho convencional (não-transgénico). A comparação entre os dois grupos de ratos encontrou quatro grandes conjuntos de diferenças estatisticamente significativas: […]

– Número de glóbulos brancos totais, basófilos e linfócitos (variações na contagem destas células do sangue podem indicar vários problemas, como infecções e inflamações);
– Só nas fêmeas: número de glóbulos vermelhos, reticulócitos e concentração de hemoglobina; albuminas, globulinas, colesterol e triglicerídeos;
– Só nos machos: diferenças em proteína total, albuminas, globulinas, alanina amino transferase, cálcio, cloro, glucose e creatinina;
– Lesões significativas nos rins e fígado (nos animais sujeitos ao milho Bt).

Isto é o que o estudo mostra e, tendo sido realizado pela própria Monsanto, deve ser verdade. Havendo resultados assim, o mínimo que se pode concluir é que tal milho é impróprio para consumo. E agora perguntamos: como é possível que este milho esteja autorizado na União Europeia? Porque é que não foi feito mais nenhum estudo para verificar estes dados? Ainda há cientistas independentes, algures, dispostos a fazer a investigação que importa ao público? Onde estão as agências financiadoras disponíveis para este tipo de trabalhos? Tantas perguntas…

Para saber mais sobre o caso MON 863, clique aqui, aqui e ainda aqui. Para ler as 1140 páginas do texto original, basta clicar aqui.

4 thoughts on “Acreditamos na Monsanto!

  1. filme desaparecido
    Esteve publicado na net um documentário do canal+ sobre este assunto, o qual aparentemente não deixaram divulgar na televisão. Só tive tempo de o ver e reencaminhar – já desapareceu! Na mensagem que me enviaram dizia ‘vejam antes que desapareça’…

  2. Considero que as notic
    Considero que as noticias alarmistas vindas a publico sobre os OGM têm apenas como objectivo a desinformação do publico em geral sobre este assunto. Porque não divulgam igualmente os resultados de estudos cientificos independentes que mostram a inocuidade dos OGM autorizados? A Comissão Europeia e a EFSA terão alguma intensão morbida e secreta de querer levar à morte a população europeia?Todos nós sabemos que o risco zero não existe, incluindo quando consumimos uma alface dita “biológica”… Sabem, que estudos cientificos realizados na Itália, envolvendo mais de 2000 pessoas, mostram que existe maior incidência do cancro do rim associado ao consumo de pão, massas e arroz? Por que não pedem a retirada do mercado do pão, do arroz e das massas? Coerência, transparência e uma correcta abordagem intelectual e cientifica destas temáticas deveriam ser a vossa unica prioridade na informação que debitam.
    João

    1. Re: Notícias alarmista
      Caro João Carvalho,

      Agradecemos a visita e o comentário. Teremos todo o interesse em receber os estudos independentes que refere, onde é provada a inocuidade dos transgénicos. Ficamos a aguardar o seu envio. Também queremos saber mais sobre esse estudo italiano, porque a informação que nos dá não explica se o cancro do rim aumenta para quem come mais cereais transgénicos… A Plataforma defende uma agricultura sustentável – e durante milhares de anos o trigo, o arroz e demais alimentos foram produzidos de modo sustentável e não causaram cancro a ninguém. Se agora há riscos acrescidos, é porque as práticas agrícolas (entre outras coisas) tornaram os alimentos mais perigosos. Infelizmente os transgénicos não são o único problema da agricultura. As sementes obtidas por mutagénese são outro grave problema a resolver quanto antes. É este o nosso esforço de coerência.

      Por outro lado, parece-nos justificável pedir-lhe um esforço de coerência equivalente. Este estudo aqui referido neste artigo, que foi produzido pela própria Monsanto, revela um impacto negativo claro na saúde dos animais de laboratório. E agora? Não concorda que este particular transgénico devia ser proibido, enquanto se realizam novos estudos? É o mínimo de coerência científica que se pode pedir, certo?

      Cumprimentos!

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