AESA: Tudo se explica
O que é que disse Catherine Geslain-Lanéelle, a presidente da AESA (EFSA – Autoridade Europeia de Segurança Alimentar), sobre a independência dos seus especialistas, os cientistas que tomam as decisões quanto à segurança e aprovação dos transgénicos para toda a União Europeia?
Ora leiam: “Se fosse necessário eliminar todos os que trabalharam com a indústria, não sobrava ninguém.”* Ou seja, não há cientistas independentes na EFSA – todos têm ou tiveram relações comerciais com a indústria, o que abre a porta a múltiplos e profundos conflitos de interesse. Mas a presidente deste órgão, que por lei devia ser independente dos interesses que está a avaliar, acha normal e inevitável esta ligação económica. E afinal como é que se pode esperar que os pareceres da AESA sejam realmente rigorosos, científicos, com o interesse público em primeira prioridade? É simples: não pode.
* – Citada no jornal Le Monde de 30 de Junho de 2009, pg 18 “Génétiquement pro-OGM“, por Pierre Le Hir
EFSA comment no Le Mon
https://www.lemonde.fr/planete/article/2009/06/29/genetiquement-pro-ogm_1213019_3244.html
“Du reste, s’il fallait disqualifier définitivement tous ceux qui ont travaillé avec l’industrie, on ne trouverait personne. Un bon expert n’ayant jamais collaboré avec le privé, c’est même suspect.”
Além disso, se permanentemente desqualificar todos aqueles que trabalharam com a indústria, iríamos encontrar ninguém. Um bom perito que nunca colaborou com o sector privado é suspeito.