Alguém quer arroz transgénico?
Julho 2009 – Portugal é o país da Europa que mais come arroz, per capita. Este cereal representa um pilar central na nossa alimentação e cultura gastronómica. E até agora não havia arroz geneticamente modificado em circulação na União Europeia. Mas a paz acabou. Neste momento a Bayer, uma multinacional alemã, pretende importar para toda a União Europeia uma variedade de arroz geneticamente modificado, para consumo humano. Este arroz GM foi manipulado para aguentar elevadas doses de um herbicida (glufosinato de amónio) que mataria as variedades convencionais. Mas não há país nenhum no mundo que cultive arroz transgénico para fins comerciais e, além disso, o glufosinato de amónio é tão tóxico que já está oficialmente decidida a sua proibição na União Europeia. No entanto a Comissão Europeia quer sua aprovação e está previsto que seja votado em Bruxelas (ainda não há data marcada) se este arroz LL62 da Bayer vai ou não poder chegar aos nosso pratos. Se houver aprovação, países como os Estados Unidos poderão começar a cultivá-lo. E a partir daí a contaminação vai liquidar o arroz não transgénico, como já está a acontecer com no milho e na soja, tornando o mundo irreversivelmente dependente de uma empresa cujo único objectivo é o lucro. É um mau negócio para todos, mas é um excelente negócio para a Bayer. Se não quiser assistir passivamente a este desfecho, colabore na nossa campanha contra o arroz transgénico.
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